Pressão Alta: Entenda a Hipertensão Arterial Sistêmica e Como Controlá-la
Descubra tudo sobre a hipertensão arterial, uma condição silenciosa que pode trazer sérias complicações. Entenda as causas, sintomas, tratamentos e como adotar medidas eficazes para controlar a pressão alta e melhorar sua saúde.
10/17/20244 min read


A hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como “pressão alta”, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma elevação persistente dos níveis de pressão arterial, que pode levar a complicações graves, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.
Neste artigo, exploraremos o que é a hipertensão, suas causas, sintomas, tratamentos e medidas preventivas, com foco tanto para leigos quanto para profissionais de saúde.
O que é a Hipertensão Arterial?
A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto circula pelo corpo. Ela é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e expressa em dois valores: a pressão sistólica (quando o coração se contrai) e a pressão diastólica (quando o coração relaxa). Considera-se hipertensão quando essa pressão se mantém, de forma crônica, acima de 140/90 mmHg.
Classificação da Hipertensão
De acordo com os níveis de pressão, a hipertensão é classificada em:
• Hipertensão estágio 1: 140-159/90-99 mmHg
• Hipertensão estágio 2: ≥160/100 mmHg
• Hipertensão sistólica isolada: Apenas a pressão sistólica é elevada (≥140 mmHg), enquanto a diastólica permanece normal.
Causas e Fatores de Risco
A hipertensão pode ter causas multifatoriais. A forma mais comum é a hipertensão primária ou essencial, onde não há uma causa subjacente identificável. Por outro lado, a hipertensão secundária é causada por condições médicas específicas, como doença renal crônica, distúrbios hormonais (ex. síndrome de Cushing), ou uso de medicamentos (ex. anticoncepcionais, corticoides).
Fatores de risco incluem:
1. Genética: Histórico familiar de hipertensão pode aumentar as chances de desenvolvimento.
2. Idade: O risco aumenta com o envelhecimento.
3. Estilo de vida: Dieta rica em sal, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
4. Doenças associadas: Diabetes, obesidade e apneia do sono.
Sintomas: A Hipertensão é Realmente “Silenciosa”?
Muitas vezes, a hipertensão não apresenta sintomas claros, razão pela qual é chamada de “assassina silenciosa”. Quando os sintomas aparecem, podem incluir dor de cabeça, tontura, visão turva, dor no peito e falta de ar. Contudo, esses sinais frequentemente surgem apenas quando a pressão está em níveis perigosamente altos.


Diagnóstico: Como Medir Corretamente a Pressão Arterial
O diagnóstico é baseado em múltiplas medições da pressão arterial, realizadas em momentos distintos. Monitores de pressão arterial automáticos são amplamente usados em casa para acompanhar a pressão ao longo do tempo. Entretanto, para um diagnóstico preciso, as medições devem seguir algumas recomendações:
• A pessoa deve estar em repouso por pelo menos 5 minutos antes da medição.
• A pressão deve ser medida em ambas as extremidades para identificar possíveis diferenças.
• É importante evitar consumo de cafeína ou cigarro 30 minutos antes do exame.
Tratamento: Mudanças no Estilo de Vida e Terapia Medicamentosa
O manejo da hipertensão inclui intervenções não farmacológicas e medicamentosas, dependendo do estágio e da presença de outras comorbidades.
1. Mudanças no Estilo de Vida
• Dieta: Adotar um padrão alimentar como a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), rica em frutas, vegetais, grãos integrais e produtos lácteos com baixo teor de gordura. A redução do consumo de sódio é fundamental.
• Atividade física: Praticar exercícios aeróbicos, como caminhadas e natação, por pelo menos 150 minutos semanais.
• Moderação no consumo de álcool e abandono do tabagismo: Essas medidas contribuem para a redução significativa da pressão arterial.
2. Terapia Medicamentosa
Os medicamentos comumente usados incluem:
• Diuréticos tiazídicos: Ajudam a eliminar o excesso de sódio e água do corpo.
• Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA): Relaxam os vasos sanguíneos.
• Betabloqueadores: Reduzem a frequência cardíaca.
• Bloqueadores dos canais de cálcio: Diminuem a força de contração do coração e relaxam os vasos.
A escolha do tratamento depende do perfil do paciente, sendo importante considerar a presença de outras condições como diabetes, insuficiência cardíaca ou doença renal crônica.


Complicações: Por que Controlar a Pressão é Essencial?
A hipertensão não controlada pode causar sérios danos ao corpo. Entre as complicações mais comuns estão:
• Acidente vascular cerebral (AVC): Devido ao aumento do risco de rompimento de vasos cerebrais.
• Infarto do miocárdio: Causado por lesões nas artérias coronárias.
• Insuficiência renal: A pressão elevada danifica os vasos sanguíneos nos rins, comprometendo sua função.
• Retinopatia hipertensiva: Pode resultar em perda de visão devido a danos nos vasos dos olhos.
Prevenção: A Importância do Check-up Regular
Embora não seja possível prevenir todos os casos de hipertensão, mudanças no estilo de vida são eficazes na redução do risco. Monitorar regularmente a pressão arterial e consultar um médico ao notar qualquer alteração são passos cruciais para o diagnóstico precoce e controle adequado.
Perguntas Frequentes sobre Pressão Alta
1. A hipertensão é curável?
Não, mas é possível controlá-la com mudanças no estilo de vida e medicamentos.
2. Qual a melhor dieta para quem tem pressão alta?
A dieta DASH é amplamente recomendada, pois reduz o sódio e aumenta o consumo de alimentos ricos em potássio.
3. É necessário tomar medicamento para sempre?
Nem todos os casos exigem medicação a longo prazo, mas o médico decidirá com base no histórico e nas condições de saúde do paciente.
A hipertensão arterial sistêmica é uma condição crônica que requer atenção constante. Com um diagnóstico precoce, mudanças no estilo de vida e, quando necessário, tratamento medicamentoso, é possível controlar a pressão arterial e reduzir o risco de complicações graves. Para garantir um cuidado eficaz, é importante adotar uma abordagem individualizada, orientada por profissionais de saúde.
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